O objetivo deste ensaio é passar em revista a crítica que vem sendo elaborada por Lazzarato à concepção “positiva” de poder de Foucault, cuja síntese está no conceito de biopolítica. Isto, tomando como marco balizador o modelo neoliberal de governamentalidade, caro a ambos os autores. O pensamento de Lazzarato acolhe apenas parcialmente a noção foucaultiana – segundo ele demasiadamente ampla e pouco atenta às factualidades históricas (atinentes à financeirização, às relações coloniais centro-periferia, às “guerras totais”, às crises e revoluções ininterruptas) (...) - de “arte liberal de governar”. As ideias de “ação sobre a ação” - de um “governo sobre os comportamentos” cujas técnicas consistiriam em incluir, incitar e produzir - seriam úteis à compreensão apenas de uma das duas faces da governamentalidade neoliberal. Ocultando a outra - a da máquina de guerra que estaria constantemente explorando (pelo trabalho), ocultando e matando - o conceito foucaultiano de biopolítica teria prestado uma espécie de desserviço ao que o Lazzarato chama de teorias críticas contemporâneas: teria induzido estas a um diagnóstico inverossímil e estéril sobre o funcionamento do poder nas sociedades ocidentais liberais e neoliberais contemporâneas. Pois tal conceito teria abdicado categorias imprescindíveis como classes sociais, fascismo, guerra, revolução, financeirização e capital. (shrink)

O presente texto narra uma experiência de formação de alfabetizadores de jovens e adultos: uma alfabetização filosófica de 40 horas com 300 alfabetizadores em julho de 2022, como primeira etapa do Programa “Supera RN” em Pau dos Ferros, dentro da Política de Superação do Analfabetismo do Estado do Rio Grande do Norte (RN). O texto tematiza em que sentido a experiência de Alfabetização filosófica se inspira e ao mesmo tempo se diferencia do curso de Alfabetização oferecido por Paulo Freire em (...) Angicos em 1963. Inspirado na curiosidade e no compromisso de Paulo Freire com os esfarrapados do mundo, o conceito “alfabetização filosófica” propõe uma formação experiencial sustentada nas seguintes disposições: escutar atentamente o mundo humano e não humano que nos rodeia; pensar juntos com cuidado e calma; relacionarmo-nos cooperativa e não competitivamente com as ideias das outras pessoas; perguntarmo-nos, colocando em questão, nossa vida e a maneira como nos relacionamos com ela, num tempo especial, singular, suspendido; conversar como iguais na busca de enfrentar as exigências de nossa comunidade; inventar novas formas de estar com outras e outros. O texto apresenta como essas disposições foram pensadas e praticadas durante a alfabetização filosófica em Pau dos Ferros, RN, através de cinco princípios (perguntar; escutar; tempo de infância; igualdade; pensar juntos) e lança algumas perguntas sobre possíveis desdobramentos da alfabetização filosófica no campo de formação de professores. (shrink)

Este artigo tem como principal objetivo analisar e discutir questões acerca de como à educação muitas vezes acaba por contribuir para o aumento das desigualdades sociais. Desse modo, através dessa análise pretende-se ainda destacar as contribuições e críticas do pensamento de Pierre Félix Bourdieu, Paul- Michel Foucault e Karl Marx sobre os problemas sociais que permeiam a sociedade desde o século XIX até os dias atuais e muitas vezes são fortalecidos pelos sistemas educacionais.

O presente texto narra uma experiência de formação de alfabetizadores de jovens e adultos: uma alfabetização filosófica de 40 horas com 300 alfabetizadores em julho de 2022, como primeira etapa do Programa “Supera RN” em Pau dos Ferros, dentro da Política de Superação do Analfabetismo do Estado do Rio Grande do Norte (RN). O texto tematiza em que sentido a experiência de Alfabetização filosófica se inspira e ao mesmo tempo se diferencia do curso de Alfabetização oferecido por Paulo Freire em (...) Angicos em 1963. Inspirado na curiosidade e no compromisso de Paulo Freire com os esfarrapados do mundo, o conceito “alfabetização filosófica” propõe uma formação experiencial sustentada nas seguintes disposições: escutar atentamente o mundo humano e não humano que nos rodeia; pensar juntos com cuidado e calma; relacionarmo-nos cooperativa e não competitivamente com as ideias das outras pessoas; perguntarmo-nos, colocando em questão, nossa vida e a maneira como nos relacionamos com ela, num tempo especial, singular, suspendido; conversar como iguais na busca de enfrentar as exigências de nossa comunidade; inventar novas formas de estar com outras e outros. O texto apresenta como essas disposições foram pensadas e praticadas durante a alfabetização filosófica em Pau dos Ferros, RN, através de cinco princípios (perguntar; escutar; tempo de infância; igualdade; pensar juntos) e lança algumas perguntas sobre possíveis desdobramentos da alfabetização filosófica no campo de formação de professores. (shrink)

Entrevista com Martin Jay (Universidade de Berkeley, Califórnia), por Bruna Della Torre e Eduardo Altheman.

A questão do trágico é um importante eixo teórico da filosofia alemã pautado não somente na filosofia da arte, mas também no desenvolvimento de teses ontológicas que constituem a chamada filosofia do trágico. Heidegger, como herdeiro da tradição alemã, se debruçou sobre essa questão - principalmente em sua interpretação do primeiro estásimo da Antígona de Sófocles - que pode ser encontrada em diversos pontos de sua filosofia no período de 1935-1946. Inserindo-nos no debate da filosofia do trágico, nosso objetivo é (...) investigar: 1) de que modo a questão do trágico se manifesta em Heidegger; 2) em que medida Heidegger se diferencia ou se aproxima da filosofia do trágico e de autores que refletiram sobre essa questão, especificamente Hegel e Hölderlin. Nossa hipótese é que há uma via trágica original no pensamento heideggeriano, sustentada por sua noção conflitual de verdade, que é uma chave de leitura da história do ser, passível de ser construída em embate com Hegel e Hölderlin. (shrink)

Elefantes y linternas: sobre Martin sobre Raz El ensayo responde a algunas de las críticas de Margaret Martin a la teoría jurídica de Joseph Raz, en su libro Judging Positivism, especialmente la alegación de que Raz cambió su teoría de la aplicación del derecho y de que este cambio produjo un impacto negativo en la teoría del derecho de Raz. Para fornecer estas respuestas, se adopta una perspectiva que trata las teorías jurídicas como análisis hipotéticos que buscan comprender el derecho (...) exclusivamente bajo un entre múltiplos aspectos, ignorando los demás. De modo comparable con los planteamientos de ciegos que tocan un elefante en una conocida parábola indiana, se adopta una metáfora de una lanterna con la cual el elefante es examinado en cada teoría. (shrink)

O artigo pretende expor uma visão crítica sobre a teoria da secularização defendida por Carl Schmitt e sobre a reflexão de Martin Heidegger a respeito da metafísica do sujeito. Mais precisamente, nosso foco recai criticamente sobre a equivalência entre niilismo e autolegislação humana presente na obra de ambos os autores. Nosso objetivo é apreender tais formulações em duas dimensões imbricadas: uma delas, teórico-filosófica, e a outra, histórica. Em seguida, buscamos colocá-las em perspectiva crítica tendo em vista especialmente a reflexão desenvolvida (...) por Hans Blumenberg e alguns de seus comentaristas. Pretendemos proceder a contraposição entre (i) a noção de autolegislação humana como niilismo e (ii) a legitimidade do espaço do simbólico. Sem negar a crítica ao racionalismo limitante, que inclui a superação do sujeito cartesiano, a abordagem que defendemos legitima a dimensão de mediação entre o tempo da vida e tempo do mundo, mediação que pode se dar tanto pela elaboração científica quanto pelo pensamento filosófico ou religioso. Por fim, buscamos apontar a relação entre o espaço simbólico e a superação da noção de mímesis como imitação ou simples adequação. Palavras-chave: Autolegislação humana. Niilismo. Simbólico. Mímesis .The article aims to expose a critical view about the theory of secularization advocated by Carl Schmitt and also about Martin Heidegger's reflection on metaphysics of the subject. More precisely, our focus rests critically upon the equivalence between nihilism and human self-legislation present in the work of both authors. Our goal is to apprehend such formulations in two imbricated dimensions: one, theoretical and philosophical, and the other historical. Then, we seek to put both in a critical perspective, in special the reflection developed by Hans Blumenberg and some of his commentators. We intend to make the counterposition between (i) the notion of human self-legislation as nihilism and (ii) the legitimacy of the symbolic space. Without denying the critique of the limiting rationalism, which includes the overcoming the Cartesian subject, the approach we advocate legitimates the dimension of mediation between life-time and world-time, mediation that can occur either by scientific elaboration or by philosophical or religious thought. Finally, we seek to point out the relationship between the symbolic space and the overcoming on the notion of mimesis as an imitation or a mere adequacy. Keywords: Human self-legislation. Nihilism. Symbolic. Mímesis. (shrink)

Bersamaan dengan buku di atas (On Heaven and Earth: Pope Francis on Faith, Family, and the Church in the Twenty-First Century), saya telah membaca kumpulan pikiran dan renungan seorang Amerika Latin yang lain, warga Brasil, novelis Paolo Coelho, yang novel-novelnya telah menyebar ke seluruh dunia dalam puluhan terjemahan. Paolo Coelho, bersama istrinya, banyak berpengalaman karena suka berkeliling dunia, setelah pada masa mudanya ia melewati banyak perlawanan dari orangtuanya, bahkan mengalami paksaan masuk ke rumah sakit jiwa, lalu hidup sebagai (...) hippie, dijebloskan ke dalam penjara, dan gagal sebagai pengarang. Dengan dukungan perempuan yang kemudian menjadi istrinya sampai sekarang, ia menekuni kembali panggilan awalnya untuk menjadi pengarang. Akhirnya, ia mulai diakui dalam dunia sastra internasional. Novelnya yang simbolis, Sang Alkemis (1988), membuka jalan itu baginya............... Jarang saya jumpai pemikir Amerika Latin yang menampilkan sistematika berpikir seperti yang terjadi selama berabad-abad di benua Eropa Utara dan dunia Anglosakson. Sama seperti Bergoglio dan Skorka, Coelho juga lebih suka berfikir “seperti sungai yang mengalir.” Buku ini disajikan oleh Gramedia dalam bentuk yang enak dipegang dan dalam terjemahan yang enak dibaca. (Martin Harun, Guru Besar Ilmu Teologi Emeritus, Sekolah Tinggi Filsafat Driyarkara, Jakarta). (shrink)

De vuelta a Raz: una réplica En Judging Positivism, sostengo que Joseph Raz cambió su posición en el tiempo y que esos cambios produjeron inconsistencias e incoherencias en su posición madura. La premisa clave que pone en marcha el argumento es la siguiente: la concepción de sistemas jurídicos en Practical Reason and Norms está basada en, y depende de, la tesis de que jueces tienen un deber de aplicar el derecho. Tratase de una concepción positivista del derecho que deriva de (...) una visión positivista del trabajo del juez. Problemas surgen para Raz cuando él introduce elementos morales en su concepción positivista de derecho. En particular, analizo las dificultades que Raz encuentra cuando introduce una teoría moral de la aplicación del derecho en Ethics in the Public Domain, y una teoría moralmente cargada de la autoridad en Morality of Freedom. André Coelho y Jorge Fabra-Zamora cuestionan mi crítica a los argumentos de Raz sobre la aplicación del derecho, mientras Thomas Bustamante plantea sus comentarios en mi critica de la autoridad en Raz. Al contestar a mis críticos, revisito mi interpretación de PRN, al paso que exploro las premisas fundacionales en discusión en estos debates. Rechazo la posibilidad de que todas presuposiciones fundacionales son igualmente valiosas: el análisis conceptual no normativo no es, en mi opinión, una metodología viable si se quiere contestar las cuestiones planteadas por Raz y Hart. Asimismo, investigo las dificultades que la teoría de la autoridad de Raz encuentra. (shrink)

Online supplement, "Mulsow: Additions to Notes drawn from the 2002 edition of Moderne aus dem Untergrund" full versions of nearly 300 notes that were truncated in the print edition. Hosted on H. C. Erik Midelfort's website. Martin Mulsow's seismic reinterpretation of the origins of the Enlightenment in Germany won awards and renown in its original German edition, and now H. C. Erik Midelfort's translation makes this sensational book available to English-speaking readers. In Enlightenment Underground, Mulsow shows that even in the (...) late seventeenth century some thinkers in Germany ventured to express extremely dangerous ideas, but did so as part of a secret underground. Scouring manuscript collections across northern Europe, Mulsow studied the writings of countless hitherto unknown radical jurists, theologians, historians, and dissident students who pushed for the secularization of legal, political, social, and religious knowledge. Often their works circulated in manuscript, anonymously, or as clandestinely published books. Working as a philosophical microhistorian, Mulsow has discovered the identities of several covert radicals and linked them to circles of young German scholars, many of whom were connected with the vibrant radical cultures of the Netherlands, England, and Denmark. The author reveals how radical ideas and contributions to intellectual doubt came from Socinians and Jews, church historians and biblical scholars, political theorists, and unemployed university students. He shows that misreadings of humorous or ironic works sometimes gave rise to unintended skeptical thoughts or corrosively political interpretations of Christianity. This landmark book overturns stereotypical views of the early Enlightenment in Germany as cautious, conservative, and moderate, and replaces them with a new portrait that reveals a movement far more radical, unintended, and puzzling than previously suspected. (shrink)

An efficient assessment of reading and linguistic abilities in school children requires reliable and valid measures. Moreover, measures which include specific test forms for different academic grade levels, that are vertically equated, allow the direct comparison of results across multiple time points and avoid floor and ceiling effects. Two studies were conducted to achieve these goals. The purpose of the first study was to develop tests of reading and listening comprehension in European Portuguese, with vertically scaled test forms for students (...) in the fifth and sixth grades, using Rasch model analyses. The purpose of the second study was to collect evidence for the validity of these tests based on the relationships of test scores with other variables. The samples included 454 and 179 students for the first and second study, respectively. The data from both studies provided evidence for good psychometric characteristics for the test forms: unidimensionality and local independence, as well as adequate reliability and evidence of validity. The developed test forms are an important contribution in the Portuguese educational context as they allow for the assessment of students’ performance in these skills across multiple time points and can be used both in research and practice. (shrink)

Para o direito, o poder é legítimo quando se subordina às regras jurídicas em vigor. Para o poder, o direito é válido na medida em que se torna instrumento da dominação. As relações entre o direito e o poder têm sido objeto das mais diferentes abordagens na sociologia, política ou filosofia. Entre os estudiosos do direito, contudo, o assunto não tem recebido a devida atenção. Infelizmente, porque a contribuição dos juristas para a discussão é bastante peculiar e, portanto, insubstituível. Este (...) livro resulta das reflexões de um profissional do direito sobre um dos mais relevantes aspectos suscitados pelo tema. Nele, discute-se como a produção do conhecimento jurídico é influenciada pelo poder, em uma sociedade capitalista. Depois de apresentar um panorama significativo da teoria política, de Hobbes e Foucault, passando por Weber e os marxistas, o autor centra a sua análise nos fundamentos jurídicos típicos do capitalismo (igualdade, legalidade e legitimidade), para examinar a forma pela qual a doutrina do direito é instrumentalizada na reprodução do poder, e, em certa medida, reage sobre este para ampliá-lo. Com o presente trabalho, Fabio Ulhoa Coelho, professor de direito comercial e de lógica jurídica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, obteve por esta instituição o título de doutor em direito. Da Banca Examinadora, que o aprovou com distinção, participaram os juristas Tércio Sampaio Ferraz Jr. (orientador), Dalmo de Abreu Dallari, Celso Bastos, Maria Helena Diniz e Eros Roberto Grau. Em razão do seu aprofundamento, abrangência e atualidade, esta obra não pode faltar na bibliografia das disciplinas de teoria geral do estado e filosofia do direito, em nível de graduação ou pós-graduação, interessando também aos estudiosos das demais áreas das ciências humanas. (shrink)

El concepto de empatía (Einfühlung) ha sido estudiado y utilizado por varias disciplinas, marcando una historia conceptual de desacuerdos y discrepancias. En psicología, la empatía ha sido discutida particularmente por investigadores y profesionales en áreas clínicas, sociales y del desarrollo. Entre tantas formas de explicar y comprender este fenómeno, un movimiento que rara vez se emprende es el de retomar el debate filosófico y psicológico sobre la empatía durante las primeras décadas del siglo XX. En este trabajo, a partir de (...) una investigación teórico-bibliográfica, se busca revisar el concepto de empatía, destacando el análisis realizado por la filósofa Edith Stein (1891-1942), quien impulsó un análisis antropológico-fenomenológico de la empatía, analizando este acto como frente a otros actos de pura conciencia, dialogando con autores como Theodor Lipps (1851-1914) y Max Scheler (1874-1928). Finalmente, buscamos contrastar la concepción de empatía de Rogers y los trabajos actuales post-rogerianos de enfoques humanistas-existenciales, con el análisis desarrollado por Stein. Finalmente, en general, la empatía puede entenderse como una experiencia no originaria por su contenido, lo que nos permite tener una experiencia originada en el otro en una presentificación empatizante. (shrink)

La figura del payaso ha pasado por diferentes momentos y lecturas históricas, lo que permite considerarla como una figura arquetípica. Su papel en la sociedad históricamente fue el del ridículo, objeto de risas, pero el payaso no sólo es un ser congruente, auténtico y valiente, sino que también pued..

L’addition, dans la cinquième édition en 1683 de La Logique ou L’Art de penser, d’un chapitre consacré à la définition générale du signe et de plusieurs chapitres relevant spécifiquement d’une analyse des signes linguistiques, a été parfois interprétée comme une apparition tardive du “problème du langage” dans le traité d’Arnauld et Nicole. Parce que la plupart de ces chapitres supplémentaires sont la transposition de passages auparavant destinés dans la Perpétuité de la foi (1669-1674) à réfuter le sens calviniste de Ceci (...) est mon corps, on a été enclin à attribuer l’importance de la question du signe et du “problème du langage” dans l’édition de 1683 à une origine théologique. J’essaie au contraire de montrer que, dès la première édition de L’Art de penser en 1662, la problématisation des écarts des expressions linguistiques avec une correspondance terme à terme entre les mots et les idées a été indissociable pour Port-Royal de l’analyse des opérations de l’esprit. Selon moi, dans la Perpétuité de la foi, la critique du sens calviniste de la formule eucharistique constitue elle-même une application de cette analyse logique du langage : les passages incorporés ensuite dans L’Art de penser sont dans le prolongement des réflexions de 1662 sur les difficultés d’adéquation entre le dire et le vouloir-dire. Je montre pour finir que la définition générale du signe à Port-Royal suppose une restructuration de la définition augustinienne du De doctrina christiana, et fonde en 1683 une identification de la relation de signification linguistique à un rapport de représentation des mots aux idées, qui vient redoubler le rapport de représentation des idées aux choses établi en 1662. (shrink)

Este presente artigo visa buscar os pressupostos da dupla reflexão de Climacus para melhor compreender a sua crítica ao pensamento dialético-especulativo. É tendo em mente que a dupla reflexão retoma os conceitos do trágico e do cômico, da seriedade e do gracejo – ainda que sobre uma nova perspectiva– que compreenderemos a importância dessa comunicação para a linguagem indireta, que tem por objetivo comunicar uma contradição absoluta.

Em seu livro Mente e Mundo John McDowell pretende superar a oscilação entre duas abordagens que pretendem mediar à relação entre as mentes e o mundo, de um lado temos o mito do dado dizendo que os pensamentos precisam de uma coerção a partir do mundo exterior, e do outro lado temos o coerentismo que apresenta a ideia de que apenas uma crença pode justificar outra crença. Para defender sua abordagem e naturalizar as capacidades conceituais, situando a espontaneidade na natureza (...) sem reduzi-la no interior do reino da lei. A natureza humana seria então uma segunda natureza que não é só formada a partir das capacidades adquiridas no nascimento, mas que são formadas também a partir da Bildung. Ao lançar mão dessas noções, McDowell traz a discussão das ideias de Han-Georg Gadamer sobre a experiência de abertura para o mundo através da linguagem. Deste modo, a intenção do presente artigo é de discutir sobre as implicações das noções de Bildung e segunda natureza na obra de McDowell buscando um maior esclarecimento a partir da influência e das interpretações de Gadamer. (shrink)

Este artigo tem como objetivo destacar o impacto da metodologia da pesquisa arqueológica nas obras de Angela Davis (2016) e bell hooks (2023), respectivamente, “Mulher, Raça e Classe”, e “E eu não sou uma Mulher? Mulheres negras e feminismo”, que buscam reexaminar, de modo imersivo, a experiência e luta contra a violência da escravidão na história de mulheres negras. As intelectuais feministas negras estadunidenses abrem as portas para um pensamento científico menos tolerante à misoginia, ao racismo, e outras formas de (...) violências relacionais e institucionais, de modo a romper com a tradição da historiografia positivista. Trata-se de uma pesquisa documental, que contempla a análise crítica das referidas obras, com base no método filosófico pautado na investigação histórica de Michel Foucault (2008). Ressalta-se, então, a importância do reconhecimento dessas literaturas enquanto estimadas representantes e invasoras da arqueologia do saber, e a relevância de novas produções que possibilitem uma representação social coerente com a realidade dos discursos sobre a mulher negra, contribuindo para uma narrativa histórica contada pela pessoa oprimida, no intuito de abrir frestas para o efetivo rompimento com as epistemologias que legitimam e favorecem sistemas de opressão. Por meio de uma arqueologia da escravidão, para além das formações discursivas coloniais das práticas econômicas, políticas e sociais, as filósofas exploram as interconexões entre diferentes narrativas, revelando a complexa teia que sustenta as relações de poder, e como a marginalização é perpetuada. A conclusão direciona para a importância de reconhecer e valorizar as experiências das mulheres negras, destacando a necessidade de dar voz a essas narrativas historicamente silenciadas. (shrink)

The concept of indiscernibility in a structure is analysed with the aim of emphasizing that in asserting that two objects are indiscernible, it is useful to consider these objects as members of (the domain of) a structure. A case for this usefulness is presented by examining the consequences of this view to the philosophical discussion on identity and indiscernibility in quantum theory.

Cognitive representations are typically analysed in terms of content, vehicle and format. While current work on formats appeals to intuitions about external representations, such as words and maps, in this paper we develop a computational view of formats that does not rely on intuitions. In our view, formats are individuated by the computational profiles of vehicles, i.e., the set of constraints that fix the computational transformations vehicles can undergo. The resulting picture is strongly pluralistic, it makes space for a variety (...) of different formats, and is intimately tied to the computational approach to cognition in cognitive science and artificial intelligence. (shrink)

The title of the present article underlines the investigation of one of the central theses of Polo about creation, explicitly developed in the first volume of Transcendental Anthropology. Polo’s theory studies the creature regarding its act of being qua created, therefore as distinct from the uncreated Being.

The goal of this study was to evaluate and compare the hygienic-sanitary conditions of two Units of Food and Nutrition (UANs) (A and B) located in two municipalities of the Vale do Taquari, Rio Grande do Sul, by means of Ordinance No. 78/2009, which established the Checklist of Good Practices for Food Services. This legislation composes a checklist with 153 criteria distributed in 12 categories. Each criterion is endowed with the options "Yes", "No" and "NA" (not applicable), which were marked (...) with an "x", being: "NA" when the criterion did not correspond to the UAN reality, "No" when the criteria were not in compliance with the legislation, and "Yes" when UAN met the evaluation criteria legislation. The classification of each UAN followed the scoring criteria established by RDC 275/2002. The a UAN presented a total of 90.85% (n = 129) of compliance and the "B" UAN totaled 88.27% (n = 128) of compliance. Both were classified in Group 1 of DRC 275/2002. The "A" UAN presented 05 nonconforming categories, totaling 13 criteria (9.15%), and Unit B 08 nonconforming categories, totaling 17 criteria (11.72%). Both UANs had good hygienic-sanitary conditions because they met most of the criteria in accordance with the legislation. (shrink)

Thomas Kuhn is mostly known for his contributions to the philosophy of science. However, it was chiefly to investigations in philosophy of language that he dedicated the last part of his career. The aim of this paper is to present a systematic view of Kuhn’s main ideas on this subject. I start by describing his theory of concept, in particular what he says about kind terms. Such terms, acquired in blocks that form contrast sets or “taxonomies,” are learned through ostensible (...) definitions. Next, I analyze Kuhn’s concepts of “meaning” and “truth.” Finally, I discuss a second type of kinds terms, not fully investigated by him, which is learned together with scientific laws. Resumo Thomas Kuhn é conhecido principalmente por suas contribuições para a filosofia da ciência. No entanto, foi em grande medida à filosofia da linguagem que ele dedicou a última parte de sua carreira. O objetivo deste artigo é apresentar uma visão sistemática das principais ideias de Kuhn sobre esse assunto. Começo descrevendo sua teoria do conceito, em particular o que ele diz sobre termos para espécie. Tais termos, aprendidos em blocos que formam conjuntos de contraste ou “taxonomias”, são aprendidos através de definições ostensivas. Em seguida, analiso as concepções de Kuhn de “significado” e “verdade”. Finalmente, discuto um segundo tipo de termo para espécies, não totalmente investigado por ele, que é aprendido junto com as leis científicas. (shrink)

O presente estudo objetivou conhecer as percepções, as expectativas e os conhecimentos de puérperas em relação à experiência do parto normal, assim como os procedimentos utilizados pelos profissionais da saúde para a humanização do parto. Foram entrevistadas 31 puérperas que passaram pela parturição..

Introducción Esta introducción fornece una visión general del Book Symposium sobre el libro Judging Positivism, de Margaret Martin, con contribuciones de André Coelho, Thomas Bustamante y Jorge Fabra-Zamora, así como una respuesta analítica de Margaret Martin.

An influential view in cognitive science is that computation in cognitive systems is semantic, conceptually depending on representation: to compute is to manipulate representations. I argue that accepting the non-semantic teleomechanistic view of computation lays the ground for a promising alternative strategy, in which computation helps to explain and naturalise representation, rather than the other way around. I show that this computation-based approach to representation presents six decisive advantages over the semantic view. I claim that it can improve the two (...) most influential current theories of representation, teleosemantics and structural representation, by providing them with precious tools to tackle some of their main shortcomings. In addition, the computation-based approach opens up interesting new theoretical paths for the project of naturalising representation, in which teleology plays a role in individuating computations, but not representations. (shrink)

Many philosophers and psychologists argue that out everyday ability to predict and explain the actions and mental states of others is grounded in out possession of a primitive 'folk' psychological theory. Recently however, this theory has come under challenge from the simulation alternative. This alternative view says that human beings are able to predict and explain each other's actions by using the resources of their own minds to simulate the psychological aetiology of the actions of the others. This book and (...) the companion volume Folk Psychology: The Theory of Mind Debate together offer a richly woven fabric of philosophical and psychological theory, which promises to yield real insights into the nature of our mental lives. (shrink)

I analyze a tension at the core of the mechanistic view of computation generated by its joint commitment to the medium independence of computational vehicles and to computational systems possessing teleological functions to compute. While computation is individuated in medium-independent terms, teleology is sensitive to the constitutive physical properties of vehicles. This tension spells trouble for the mechanistic view, suggesting that there can be no teleological functions to compute. I argue that, once considerations about the relevant function-bestowing factors for computational (...) systems are brought to bear, the tension dissolves: physical systems can have the teleological function to compute. (shrink)

Of course, although this view on meaning was the prevailing one for almost a century, many of the people who initiated the enterprise of logical semantics, including people like Frege and Wittgenstein, had an open eye for all that it did not catch. However, the logical means which Frege, Wittgenstein, Russell, and the generation that succeeded them, had at their disposal were those of classical mathematical logic and set-theory, and these indeed are not very suited for an analysis of other (...) aspects of meaning than those which the slogan covers. A real change in view then had to await the emergence of other concepts, which in due course became available mainly under the influence of developments in computer science and cognate disciplines such as artificial intelligence. And this is one of the reasons why it took almost a century before any serious and successful challenge of the view that meaning equals truthconditions from within logical semantics could emerge. (shrink)

This book explores a question central to philosophy--namely, what does it take for a belief to be justified or rational? According to a widespread view, whether one has justification for believing a proposition is determined by how probable that proposition is, given one's evidence. In this book this view is rejected and replaced with another: in order for one to have justification for believing a proposition, one's evidence must normically support it--roughly, one's evidence must make the falsity of that proposition (...) abnormal in the sense of calling for special, independent explanation. This conception of justification bears upon a range of topics in epistemology and beyond. Ultimately, this way of looking at justification guides us to a new, unfamiliar picture of how we should respond to our evidence and manage our own fallibility. This picture is developed here. (shrink)